É a graça da própria desgraça É o riso, é a raça, é a fé É o povo engolindo fumaça A cerveja, a cachaça e o café É a vida que o destino traça É um povo que sabe o que quer É a pressa da gente que passa É a massa que amassa na praça da Sé É o samba na ponta do pé A conversa na porta do bar É o domingo de futebol, é o sol Que não insiste em brilhar A tristeza de ter que partir A alegria de quando voltar É o medo, é a vida, é a morte, é a sorte Que certo um dia virá
É o samba, é o samba, é o samba É a vida, é a vida, é a vida É o nosso jeitinho de ser, brasileiro que sabe viver Olha o samba, olha o samba, olha samba Olha o povo, olha o povo de novo Pra sorrir, pra cantar e sofrer Brasileiro que sabe viver
É a falta de educação, é a falta dentro da área é a miséria que desfila o ano inteiro Porque morremos todo mês, porque somos reis apenas em fevereiro? Ele meteu a mão, era pra expulsão, será que cê não viu seu juiz? E lá outra vez, por cima das leis, e debaixo do nosso nariz Eu fico com a bola, eu fico com o samba mas não esculhamba o nosso país É o arroz, é o ovo, é mais um dia novo e lá vai nosso povo tentar ser feliz
Compositores: Fabio Reboucas de Azeredo (Fabio Brazza), Daniel Colombo Tatit (Daniel Tatit) ECAD: Obra #38137591