Doutor Naná, natural de Irará Cura quem quiser curar Doutor Naná
Um tartamudo um dia apareceu Travava tudo, saia lágrima Cada palavra era um parto Doutor Naná deu-lhe um sopapo Tu não é gago nada Bateu um papo, cantou embolada
Quase quarenta, quase pra titia É catinguenta, a moça é feia Ninguém aguenta, não vale um traque Doutor Naná é mesmo um craque Disse: Caia na gandaia! Perdeu o sotaque, casou na praia
Se o menino não come direito Só quer chiclete e Dip’n’lick A mãe dá chilique e passa o cheque Doutor Naná toma um pileque Diz umas verdades Hoje o moleque faz faculdade
Chega uma idade, dá-lhe amendoim A gravidade é fatal Cai a moral sob o capacho Doutor Naná faz um despacho: Muito ovo de codorna E deixa os macho que nem bigorna
Doutor Naná, doutor antídoto Pisca um olho e já curou Doutor Naná
Doutor Naná, natural de Irará Cura quem quiser curar Doutor Naná