Esse corpo correndo pelas artérias da Lapa Esse vulto de certeza, um instante que escapa No esquema do mundo, desejo que dilata
Essa bicha escorrendo por Santa Teresa Olho vendado entrando em carro só pra ter certeza Que ao raiar da Guanabara é burguesa, realeza
Mas eu nunca prometi fazer sentido (Viadinho do caralho) Nunca fiz questão de ter você comigo (Eu nunca fiz questão, eu nunca fiz questão)
Feixe de luz nesse planeta 96, 19, 25, 24, 04 Nessas horas, nesse espaço É assim que eu me sinto, inevitável, sempre instável, inexorável Essa odisséia eu escrevo pra você A minha história aqui eu canto pra você
Com o licor e o revólver na mão, esse calor que se alastra e alucina pé que sangra, perna bamba, mente insana, corpo sem histamina Que sucumbe à espera, elucidando a decisão
De uma próxima jogada, uma nova cartada Essa vida ensandecida nunca deu em nada Rivotril e Sertralina na sarjeta jogada
Mas eu nunca prometi fazer sentido (Eu nunca prometi, eu nunca prometi) Nunca fiz questão de ter você comigo (Não, não, não, não)
Feixe de luz nesse planeta 96, 19, 25, 24, 04 Nessas horas, nesse espaço É assim que eu me sinto, inevitável, sempre instável, inexorável Essa odisséia eu escrevo pra você A minha história aqui eu canto pra você
(Feixe de luz nesse planeta 96, 19, 25, 24, 04 Nessas horas, nesse espaço)
E à noite pra onde escorre tanta alma? Essa lama escorrendo na cidade calma A minha alma escorrendo em você Esse tesouro eu não dou pra mal-querer Muito cuidado com o que você vai dizer A vida é louca e eu não fico a mercê O mundo cobra, rua lateja Tempo de sobra é uma serpente que rasteja É muita hora se empilhando nesse quarto 24, 04, 19, 96, 25, 57, 13, 12, 91
Compositor: Joao Lucas Carneiro Ferreira (Del Toro) ECAD: Obra #29853860