Delley e Dorivan

Esquema Montado

Delley e Dorivan


Justiça que o povo pedia em uma cidade de um outro estado
Era ali a central das desordens, até pra polícia era jogo pesado
Praticavam terríveis delitos os tais desordeiros fortemente armados
O progresso parou sobre o tempo, o índice de crime estava avançado

Numa venda de beira de estrada, o fato se deu antes de um feriado
Lá estavam os bons do gatilho, aquele ambiente estava carregado
Foi entrando um homem sem camisa e pelos presentes foi observado
E pediu um refrigerante, não deram importância ao homem mal trajado

Na saída, ele disse ao vendeiro, com voz de temor, bastante assustado
A polícia já vem no meu rastro, com toda certeza vou ser revistado
Faz favor de esconder minha arma, é de grande estima meu coute importado
Num balaio atrás do balcão, o vendeiro escondeu, ficou bem guardado

Os presentes que ouviu a conversa naquele instante o exemplo seguiu
Guarde aí nossas armas também, vamos dar um golpe naqueles vadios
Negociante já foi recolhendo aquele montante do armamento frio
O balaio ficou pela boca, com uma toalha, o vendeiro cobriu

A polícia invadiu a vendinha, cumprindo com garra a dura missão
E o homem tal sem camisa foi ponto de início da operação
Ele então se recuou, dizendo: Não é necessário em mim por as mãos
Só de armas de todo calibre, o balaio está cheio atrás do balcão

Ao lavrar a prisão em flagrante, após o vendeiro ter sido enquadrado
Disse o homem, o tal sem camisa, a polícia é gloria e o bandido é atrasado
Não me jugue que fui dedo duro, eu fui personagem do esquema montado
Aos senhores então me apresento, eu sou na comarca o novo delegado

Compositor: Geraldo Aparecido Borges (Geraldinho)
ECAD: Obra #52675 Fonograma #25581

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