Fiz tanta homenagem ao interior Ao trabalhador de alma gentil Os versos que fiz os colegas gravaram E se espalharam por este Brasil
E a "Saudade da Minha Terra" Tornou-se um hino na voz do meu povo Porque quem deixou sua terra querida Embora alcançando sucessos na vida Não há quem não queira revê-la de novo
Quem é que esquece o campo, a cascata O lago, a mata, a pesca de anzol O gado pastando o capim do atalho Molhado de orvalho brilhando ao Sol
E a gentileza daquele povo Que a todos dispensa o mesmo calor Eu gosto da vida também da cidade E sei que existe a felicidade Mas deve ser filha do interior
Nos bailes da roça eu sempre cantava Alguém que me amava chorava por mim Depois eu dançava no grande terreiro Sentindo o cheiro da flor de jasmim
E até hoje ainda sinto Aquele perfume pairando no ar Que faz reviver a feliz mocidade É o perfume da doce saudade Que nada no mundo consegue apagar
É quase um mistério a vida da gente A luta da mente é quase que vã Aquilo em que hoje se vê naufragada Talvez será nada em nosso amanhã
E a saudade da minha terra Está em minha alma e em todo meu ser No palco da vida eu vou trabalhando Mas quando sentir a cortina fechando É na minha terra que eu quero morrer
Compositores: Almir de Mello (Almir), Gerson Coutinho da Silva (Goia) ECAD: Obra #18823 Fonograma #11930350