É do tempo da vovó, é do tempo da vovó A maria-fumaça, o mel com cachaça O rouge e o pó É do tempo da vovó, é do tempo da vovó Já dizia minha avó Minha avó sempre dizia No meu tempo era bem belhor O palavrão já existia Mas a decência era maior Porque era bem diferente Havia mais respeito entre a gente Se andava com total liberdade De madrugada pelas ruas da cidade É do tempo da vovó, é do tempo da vovó A panela de barro, de palha o cigarro O véu de filó É do tempo da vovó, é do tempo da vovó Já dizia minha avó Meu tempo era bem melhor A mulher que se casava era de um homem só Mulher que perdia o marido Vestia luto em respeito ao falecido Se havia qualquer coisa de errado Ia à igreja confessar os seus pecados É do tempo da vovó, é do tempo da vovó O chá de gervão, o café de pilão E o ponto sem nó É do tempo da vovó, é do tempo da vovó
Minha avó sempre dizia Meu tempo era bem melhor Declaração de amor era feita no gogó Violões sob a luz do luar Um seresteiro alegremente a cantar Canções para a mulher amada Cantava até a alta madrugada
É do tempo da vovó, é do tempo da vovó
Compositores: Jalcireno Fontoura de Oliveira (Sereno), Jose Mauro Diniz (Mauro Diniz), Gilberto de Andrade ECAD: Obra #149675