Em um mil e novecentos No estado da Bahia Um ricaço fazendeiro Por nome de Jeremias Leu a sorte do seu filho Com a cigana Maria!
Ela disse meu amigo Me corta o coração Mais se veio pra saber Vou lhe dar explicação O seu filho vai morrer Nos chifres do boi Tufão!
Fazendeiro Jeremias Mandou chamar o empregado! Vai buscar o boi Tufão Deixe ele encurralado Amanhã, rompendo o dia! O boi vai ser degolado!
O moço era obediente No cavalo foi montando Saiu pelo pasto afora Com o coração sangrando Desceu o chapéu no rosto Pra ninguém lhe ver chorando!
Mataram o boi Tufão Os anos foram passando A cabeça do animal No quintal ficou rolando!
Naquele mesmo lugar Menino estava brincando E na hora do almoço A sua mãe lhe chamou Garoto saiu correndo Em uma pedra tropeçou Caiu na ponta do chifre Do boi que seu pai matou!
Naquele sertão bravio Nada puderam fazer Foram chamar o doutor Ele não pôde atender O seu pai em desespero Vendo seu filho morrer Menino falou baixinho Papai preste atenção Eu vou pra junto de Deus Me tenha no coração Meu destino era morrer Nos chifres do boi Tufão!
Compositor: Jeronimo Divino Tomaz (Criolo) ECAD: Obra #13503 Fonograma #1682978