Dolorosos fins de tarde Em que o sol se põe em brasa Por detrás daquela casa Onde não mora mais você
São crepúsculos vermelhos Torturantes, insensíveis Em que as noites mais horríveis Vem zombar do meu sofrer
E pensar que há pouco tempo Quando a gente namorava Nessa hora a encontrava Perfumada como a flor
E o entardecer de sonhos Como rufos relicários Era o mundo do cenário De um romance de amor
Folhas mortas de uma história Que perdura na memória E ninguém pode apagar Nem você, amor saudade Nem você que me judia Reconhece a agonia Desta dor crepuscular
Hoje não há mais magia Quando a tarde vai-se embora Quem sorria hoje chora Pressentindo o anoitecer
O romance virou drama Ao romper-se a trajetória De um amor que foi vitória E hoje custa esquecer
É por isso que eu detesto O fins de tardes de hoje em dia Pois me trazem nostalgia E não sei como apagar
Você foi, tenho certeza O pôr-do-sol da minha vida Uma tarde colorida Que se foi pra não voltar
Folhas mortas de uma história Que perdura na memória E ninguém pode apagar Nem você, amor saudade Nem você que me judia Reconhece a agonia Desta dor crepuscular
Compositores: Osvaldo Franco (Dino Franco), Wanderley Antonio da Luz (Tenente Wanderley) ECAD: Obra #10368100