Em uma estrada corroída pelos anos Estrada velha encoberta pelo pó Toque as boiadas e os velhos carros de bois Do chão vermelho extraíram sem ter dó
Lá vai um velho cabisbaixo recordando Belos momentos que ficaram para trás Coisas que a vida já lhe deu e lhe roubou Os velhos tempos que não volta nunca mais
Estrada de pó do pó magoado Moído e formado dos sonhos de alguém Que só tem na vida saudade e tristeza Lamento e certeza de ser pó também
Há muito tempo num passado bem distante Quando o sertão era só matas fechadas Aquele velho muito jovem ali chegou E com esforço ele abriu aquela estrada
Hoje velhinho ele chora recordando Quantas viagens por ali ele já deu Quantas boiadas conduziu naquela estrada Já foram tantas, ele até já se esqueceu
Estrada de pó do pó magoado Moído e formado dos sonhos de alguém Que só tem na vida saudade e tristeza Lamento e certeza de ser pó também
Porém agora com a grande evolução E o progresso que aumenta dia a dia Aquela estrada igual sonhos de um velho Irá morrer pra passar uma rodovia
E eu também sem querer choro a saudade Daqueles tempos que passou e longe vai Eu também sofro com o pranto do velhinho Porque aquele pobre velho é meu pai
Estrada de pó do pó magoado Moído e formado dos sonhos de alguém Que só tem na vida saudade e tristeza Lamento e certeza de ser pó também
Compositores: Noel Francisco Moreira (Noel Fernandes), Paulo Roberto Aielo ECAD: Obra #6380453