Paredes só se movem em dias de chuva Resulta em minha pele, árduo ar da luta A dor flutua à noite, em massa, cobre toda a rua Vivo tão ausente. O presente acumula
O vento se deslumbra junto com o futuro Detesto. Meto a testa, mas não fujo do resto Confesso, um pouco tarde pro discurso Papel e caneta muda o curso, liberdade, desenhe o seu mundo
Me avaliam em funções. Sérias intenções Máquina ação. Multidões em solidões Cenário teatral. Me perco na arte expressiva Pra mim, tudo real depois da lágrima caída
Só ouço a voz da verdade, só ela me ensina Algo acima, que me deixa mais forte ainda Palavra só agrada quando o ego se levanta Só quero a cura do meu ser com você, irmão
Eu só penso em dias de chuva A cura do meu ser com você, irmão
Sincero. O medo nos corrói Não impeço de ser claro. Me trago dialeto bem completo Porque se for pra ser plástico, mano, eu não quero Me entrego em minha alma, e me sinto completado
Mal interpretado. Já me acostumei com essa chuva Não me molha mais, não morro afogado Trabalhador honesto não ama a vida fútil Sustento além do cobre do puro da crosta tão volúvel
Profetas de mãos calejadas, além da enxada Humano em fé faz da Terra ser brilhante Família é união, não importa a sentença Estamos aqui, na prontidão do erro e te esperando até o fim
Eu só penso em dias de chuva
Compositor: Felipe Rodolfo Ferreira Nunes (Ingles) ECAD: Obra #38050652 Fonograma #12914671