Rimador enxerga a frente, dopado de desejo O gargarejo do interno é fogo no vilarejo Venho de um quarto escuro com a parede arranhada Demorei pra restaurar minha mente foi desmontada.
Eis o x da questão, eu já não mais tropeço Direto do internato, interno vem fazer protesto Dv na contenção, recado já foi dado É tudo no meu nome agora que tá restaurado.
Vários anos se passaram eu me criei internamente Não "tô" pagando de louco, o meu distúrbio é consciente Talvez o seu que.I não acompanhará o meu som Interno 8 6 0 que fabrica infecção.
Direto do manicômio entre gritos e gemidos Na carona ilusionista o consciente gera atrito Insignificante, ilusões são um precipício Sou apenas mais um louco direto do sanatório.
Você pode até pensar, qual será meu objetivo Eu rimo em prol do alivio, pro usuário do hospício Que vive no sacrifício e tenta lembrar do inicio Quando a lucidez se foi, a loucura virou seu vicio!!!
Poderia até pensar, se não tivessem me dopado Tenho muito pra falar, meu raciocínio tá lotado Entre pedras preciosas enjaulei a minha essência Não me sinto aliviado respirando dependência.
Aqui o seu diário imaginário nunca vai falar Aquilo que tu quer ouvir, não vim pra te encorajar Não faço som pra emocionar, nem pra você me elogiar Nego hoje escuta rap, pra tentar compartilhar: Suas dores pessoais, teus traumas particulares Eu sou um vulgo impar, por isso não ando em pares! Não vou falar de mim nem da porra da minha vida Minha saliva é arnica e cicatriza minha ferida.
Entre gritos e gemidos, internos posuidos Buscando a solução, ânciava o comprimido Na melodia, da mentira mais sincera Aqui não decifrada após as trinta primavera Compartilhei, e a verdade foi forçada A porra de auto ajuda que pra mim não vale nada A humildade, denegrindo a auto estima Tem gente que agrada, eu internei a própria rima.
Se teu ego sente culpa pede socorro pro buda O meu rap é só bicuda, num é livro de auto-ajuda Meu publico é neorótico, e requer um tratamento Mil voltz de rima louca, dv trouxe os mantimento Se tá opaco ai dentro, eu transfiro discernimento Pra toda corda no pescoço, há um arrependimento.
Se vier bate cabeça, cuidado com a sentença Meu verso inclina o reto, e poe em prova sua crença Sem desmerecer minha forma de pensar Não iria fazer rap se quisesse agradar Vim aqui pra falar, tipo quase vomitar Se existe um bom lugar, então comece a procurar Pois eu só vejo cobiça, ódio Internos revoltados, na ilusão do pódio O senhor é meu pastor, e lançou sua centelha Agora basta refletir na loucura da ovelha.
( diálogo com interno 860 ). Eu tô aqui na solitária mais de 3 dias trancado Água quente e rango azedo improvisando com os rato Eles não vão me calar, pode me entupir de remédio Eu rimo com os interno nos meus momentos de tédio.
"e assim passaram se os anos, 300 anos condenado, fazendo rap, até morrer".