As fronteiras do coração é o portal da pureza O caminho traçado com a fé. O que me mantém de pé Me perco em estadias, épocas que estive comigo Antes de saber mentir, irmão, sorria
Hoje o chão tá frio, sem sonho de conquista A janela foi tirada, e uma parede colocada Me arrisco no concreto onde o tombo me aleija Pura estratégia. Dinheiro e suas mazelas
Admiro a mais bela das flores e seus odores Mas quando criança agregava outros valores Uma vida - mil amores. Na real, viver é se empolgar Particularmente, me encontro na queda
Te vejo na subida, na morte súbita da vida Daqui meu coração não desapega O meu espelho? O profeta mais romântico das eras Quem dá a vida à nova aurora pro amor nascer em dobro
Limpar o rosto de quem chora. Não é opção Fractal, irmão, porque quando rogo choro Ainda visito esse solo infértil, porque respiro esperança Embora o sol aqui não bata
Só o amor de Deus resgata. Quem somos nós nessa imensidão, irmão? Tempos de desertos
[Busque o oásis de lucidez, irmão.]
Necessito da caneta e papel Nada mais pra viver, só te ver bem me faz ser tudo O que devo saber, o que devo ser como pessoa Nem preciso preciso me reeducar à partir daqui
Deixei pra trás barreiras que passei e caí Me demoli por aqui, preciso de mim pra me reconstruir Mas sem ninguém é sem sentido Vivo por anônimos que nem conheço e agradeço ao estarem vivos
Me sinto um risco no contato. Um sorriso me afronta Exito sentimentos, desapego me desmonta Muita pureza entorta tudo, nem todos são puro o bastante Cada traição é um dilúvio de lágrimas
Vida amargurada, vivendo outro trecho Escrito pelo medo e a falta de ação Pode pá, somos frutos da insegurança Devo tudo sem ter nada. Nem o perdão resume a conta
Na verdade, irmão, te dou conselho pra viver Não largue a mão de quem largaria tudo por você Encontre mil razões para viver, ou sobreviver Nesses tempos de desertos