Divino e Donizete
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Cabocla Aventureira

Divino e Donizete


Tenho chorado no meu rancho de caboclo
Principalmente quando chega a tardezinha
Fico lembrando de um amor que foi embora
Também recordo a boa vida que eu tinha

A minha vida era mesmo um mar de rosas
Mas de repente morreu a felicidade
Quando a cabocla arrumou a sua mala
Deu uma volta na sala e foi-se embora pra cidade

SaĂ­ correndo, fui seguindo o rastro dela
Só alcancei lá na curva do estradão
E perguntei com os olhos orvalhados
Qual o motivo dessa triste decisĂŁo

Ela calada nĂŁo me disse uma palavra
Mas seu silĂŞncio para mim falou mais alto
Com o olhar de mulher aventureira
Entrou numa jardineira e foi-se embora pro asfalto

De vez em quando agora sei certas notĂ­cias
Da tal cabocla que quebrou sua pureza
De mini saia e esmalte sobre as unhas
Rosto pintado em um salĂŁo de beleza

Enquanto isso me entristeço aqui no mato
Eu sei que um dia ela vai querer voltar
Sou um caboclo, tenho vergonha na cara
Em meu rancho de taquara nĂŁo deixo mais ela entrar

Mas tenho medo que ela cruze o meu caminho
Voltando aqui pra beber da minha água
Porque a saudade da cabocla aventureira
Tenho certeza, é bem maior que minha mágoa

Compositor: Aparecido Donizeti dos Santos (Donizete Santos)
ECAD: Obra #2035041 Fonograma #3503

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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