Dono da Noite e Riacho

Chão Abençoado

Dono da Noite e Riacho


Arriei meu macho por nome Cismado
Arreio moderno todo prateado
Meu trinta na cinta, cano niquelado
Cinturão de bala pra deixar forgado

Joguei meu burrão num passo picado
Em cidade grande e nos povoado
Para onde eu vou têm me perguntado
Vou pra Mato Grosso chão abençoado

Lá em Uberaba tive um mês parado
Mostrei minha graça de lidar com gado
Lá eu dei laçadas de olho fechado
Veio um fazendeiro e me chamou de lado

Eu quero você pra meu empregado
Eu falei, desculpa e muito obrigado
Eu sigo viagem de plano traçado
Vou pra Mato Grosso chão abençoado

Nasci no sertão, já fui do pesado
Trabalhei na foice e também no machado
Gosto da chilena no sapateado
Também sou violeiro de verso dobrado

Lá em Mato Grosso já fui informado
Que o povo gosta é de rasqueado
Eu levo meu pinho pra cantar chorado
Vou pra Mato Grosso chão abençoado

Passei telegrama e mandei recado
Lá naquelas terra estou sendo esperado
Por um fazendeiro e ser contratado
Pra amansar uma tropa com bão ordenado

Viverei contente no solo sagrado
Da moça bonita vou ser namorado
Eu sou carinhoso sei fazer agrado
Viva Mato Grosso chão abençoado

(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)

Compositores: Lourival dos Santos, Joaquim Lopes da Rosa (Dono da Noite)
ECAD: Obra #6384598

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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