Boi magro e velhinho morrendo no pasto Servindo seu dono na vida e na morte Seu último lucro agora é seu couro Pois ele precisa de um laço bem forte Quando o couro é magro o laço é mais firme Por isso o boizinho tem que emagrecer Ficou decidido seu triste destino De fome e de sede precisa morrer
Seu couro trançado vai servir depois Pra no mesmo pasto laçar outros bois
Cortaram-lhe a língua pra impedir que coma E perca a gordura que estraga seu couro Por isso não pode comer as pastagens Que cobrem de verde seus campos e morros Que triste martírio sentir a água fresca Molhando seus cascos sem poder beber Tomara que o dono lhe mate depressa Assim deixaria de tanto sofrer
Seu dono é humano, por isso não sabe Que os animais também sentem dor Cortaram-lhe a língua pra morrer de fome E fazer seu couro subir de valor Boizinho me ponho em sua defesa E grito às mais altas tribunas do céu Pra que Deus coloque com severidade Os seus assassinos no banco dos réus
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna), Joao Doracio (Carlos Cesar) ECAD: Obra #18456577 Fonograma #996747