Duêmio
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O Tal de Bicho Bão

Duêmio


O tal de bicho bão



Arrastapé



(damásio, duêmio e evan souza)




Hoje eu quero beber todas e não quero nem saber
Se alguém me encher o saco, vou botar prá derreter
Mergulho a cara na pinga e afogo a minha mágoa
Do jeito que vai, vai pregar fogo na caixa dágua
Eu vou fazer um estrago, já perdí as estribeiras
Pego a onça no tapa, busco água na peneira
Mato mosquito á bala, pernilongo, á ponta-pé
Do jeito que eu tô zuado, topo tudo que vier.



Hoje, eu tô xonado e meio, e tô virado num treco
A morena que eu quero, hoje, eu ganho no xaveco
Sou cowboy apaixonado, hoje, eu caio na gandáia
E só volto pro barraco, junto com um rabo- de ?sáia,
Balancei o pé de jaca e a fruta caiu no chão
A morena do rodeio despertou minha paixão
Eu vou derrubar a folha do pé de manjericão
E fazer chá prá mutchacha que ganhar meu coração.



Jacaré nada de costa no rio que tem peranha
Sou que nem macaco velho, também tenho as minhas
manhas
Laço a pulga quando pula e amarro no mourão
Monto em touro valente e derrubo, sem por as mãos
O sol descamba mais cedo e a lua também foge
Se não eu pego carona no cavalo de são jorge
Quando fico desse jeito, só tem uma solução:
Só o remédio que me acalma, é o tal de bicho bão.




Vicente lopes farnézio (duêmio)

Compositores: Vicente Lopes Farnezio (Duemio), Evangelista Jose de Souza (Evan Souza), Raimundo Rodrigues de Macedo
ECAD: Obra #1009654

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