Dulce Quental

Ipanema

Dulce Quental

Beleza Roubada


Ipanema, me ama e violenta.
Me assalta e me encanta com suas amendoeiras.
Na luz de um instante deslizo nas suas ondas.
Morro nas suas calçadas em dias ensolarados.

Respiro ao sabor do vento
Que vĂȘ no mar uma janela pro infinito.
Esse Ă© o meu lugar se o mundo Ă© uma antena.
De Ipanema eu mando o meu sinal.

Primavera tĂŁo fora de hora,
Cidade quente, inverno indecente.
Ipanema tĂŁo vĂ­tima da moda,
Assim como eu, andarilha das tuas esquinas.

Com seus velhos, bebĂȘs e meninas, Ipanema jĂĄ virou canção.
Farme, VinĂ­cius, Redentor, Baixo Leblon, vocĂȘ me raptou.
Bar Lagoa e cinema, Estação Ipanema, minha Nossa Senhora da Paz,
Meu Central Park Ă© aqui, onde foi que eu me meti.
Em que utopia de cidade eu estou,
Onde eu afoguei meu rock and roll and blues.

Sol o ano inteiro, Ă© o Rio de Janeiro.
Sonho horizontal na realidade vertical.
Pode ser o inferno mas a ressaca tem fim,
Outra janela se abre pra Ipanema de Jobim.

Compositor: Dulce Quental / Thiago Trajano

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