Dyego Habacuque

Lua Nova

Dyego Habacuque


Sub escuro igual antiga Lua nova
Sou um novo celeste do início sub zero
Desbalanceando acomodados no clero
E que fez de tudo para nos pôr à prova

E eu, quem sempre senti uma ausência
Vi meu espírito entrar em decadência
Palavras gravadas me inspirava inteligência
Mas infelizmente felicidade não se fazia presença

Confirmada, em convocação para copa
Aí tu passa ou repassa, é um topa ou não topa
Se acabando em vários goles de coca
Vê a mente cair sem socorro até que esteja morta

Lua nova brilhe mesmo que possa complicar
Em noites sombrias peço, venha me guiar
As pontes vazias me fazem medo
Sempre terá um cupim contra ti e em segredo

A geração da cegueira nos espera no futuro
Tanta merda na cabeça, não servirá de adubo
Segue o prumo andando em linha reta
Ser imposturado já vimos que não se conserta

A meta é certa, honesto em serviços gerais
São demais os perigos, né Vinícius de Moraes
Mantendo sempre a mente crua
Tão cheia de pudor que vive nua

Nesse céu estrelado tento podar meu jardim
Vivendo meus desejos, só eles que são por mim
Parei de tentar separar o meio do fim
Desde dividido meio a meio, restou nada a mim

Pode falar, argumentar, não ponha a mão no fogo
Da brasa no peito, arraste-a ao seu rosto
Tô pintando minha história como abstrata
Não venha palpitar com ideias no meu esboço

Vou, tá, bom, pá, som, dá, rão
Ataques de emoção
Vou, tá, bom, pá, som, dá, rão
O meu rap é pés no chão

Tô fugindo dessa cena que eu não me encaixo
Super pops heróis, é só no the boys
Vou me tornar mito se ganhar um the voice
Mas só passo a voz se a borboleta não tiver voado

Assentado nesse domo em volta da minha cachola
Mantida como pães que caí da sacola
Estrelas rosadas estão subindo sua jornada
Felizmente nenhumas delas tem culpa de nada

Quer um atacante na área, faço arte nesse pique
Versátil em posições do rap (registrado no bid)
Dos letristas, no time do momento
Cada ironia é algo que já me matou por dentro

Me abstenho, pois já perdi minha dicção
Assim farei, manterei minha posição
Não precisa jogar cordas à um bem comum
Abracei a árvore da morte como Sheldon Moon

Vou, tá, bom, pá, som, dá, rão
Ataques de emoção
Vou, tá, bom, pá, som, dá, rão
O meu rap é pés no chão

Sub escuro igual antiga Lua nova
Sou um novo celeste do início sub zero
Sub escuro igual antiga Lua nova
Desbalanceando acomodados no clero

Sub escuro igual antiga Lua nova
Sub escuro igual antiga Lua nova
Sub escuro
Sub escuro

Compositor: Diego Alves da Silva (Dyego Habacuque)
ECAD: Obra #32863466 Fonograma #31184927

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