Eu tava na estrada quase chegando na cidade Eu tava mesmo vendo as luzes da cidade Que com seu forte clarão iluminava a estrada Daquela que ia ser a estranha madrugada
Eu tava na estrada quase chegando na cidade Eu tava mesmo vendo as luzes da cidade Quando um outro clarão relampejou na estrada Era gente estranha feito coisa de cirico, Que sei lá eu Gente com a roupa de luz, que com a cara me flertava Como que naquilo tudo o estranho fosse eu Não deu pra fugir, pra esconder, nem pra esquecer de nada.
Ficamos no silencio em que a gente só se olhava Em que agente só ouvia os bichos lá no brejo Até que aquela gente resolveu ri embora No mesmo clarão, olhou mais uma vez e subiu pro céu.
Foi subida devagar de quem não teme nada Feito perfume de flor, sem ruido e sem fumaça Quando dei por mim tava aquela gente lá no alto Feito um jardim suspenso de beleza em toda a madrugada.
E foi isso que eu vi, e que agora tô contando, E não tem mais nada não, mais nada não.
Compositores: Eduardo Dusek, Luiz Antonio de Cassio Ferreira (Cassio Ferreira) ECAD: Obra #821681 Fonograma #929440