Na beira de um grande abismo Eu vejo o mundo pendendo Sei que vai quebrar o nariz Quem errado está vivendo Na unha de quem não presta Tem gente boa sofrendo Tem homem de duas caras Sem palavra se vendendo Chega de tanta sujeira Eu vou começar varrendo
Nos quatro cantos do mundo O respeito está morrendo Sei que tem homem casado Do juramento esquecendo Atrás de mocinha nova É ouro que vai correndo Esposa de quem não presta Osso duro está roendo Chega de tanta sujeira Eu vou começar varrendo
Pra não casar na justiça Tem malandro se escondendo Casamento é muito pouco Filharada está nascendo Pra criar filho sem pai Tem avô que está gemendo Também a custa do sogro Tem genro que está vivendo Chega de tanta sujeira Eu vou começar varrendo
Igualzinho cão e gato Pai e filho se mordendo Quando o pai vai dar conselho Só coice vai recebendo Do jeito que o diabo gosta Tudo vai acontecendo Os velhos fora de casa Tem muitos filhos querendo Chega de tanta sujeira Eu vou começar varrendo
A moral está tão baixa Lá do alto Deus tá vendo Que a falta de respeito Dia a dia vai crescendo Palavrão que arrepia Vejo criança dizendo Vou pôr o mundo no eixo Nem que eu morra combatendo Chega de tanta sujeira Eu vou começar varrendo
Compositores: Lourival dos Santos, Ivanildo Rosa de Souza (Arlindo Rosa), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) ECAD: Obra #43201 Fonograma #666021