Eu sempre peço pra ela ir embora, mas sem muita certeza Por que quando ela fica, enxergo com mais clareza Tua delicadeza, alento que conforta As horas silenciosas, que o coração não suporta, importa Dizer o quanto aprendo com ela, o quanto ela se contradiz se mostrando assim tão bela É engraçado como tua presença mexe comigo Uma hora é cativeiro, outra hora é abrigo Ora me esbofeteia, ora me estende a mão Às vezes se faz lágrima, mas sempre se faz canção Tua voz, sussura em meu ouvido Nesse penor feroz, dá ainda mais sentido Ao que vejo a minha frente que se diz realidade A força, que ela me dá vem vestida de verdade Mas te-lâ, perto sufoca, é tão difícil entender Não à quero, longe demais, nem tão perto pra te ter
Tristeza...
Verso 2: Caio
Eu fiz de um medo um espaço, ideal pra fugir Da dor que rege o compasso, e não me deixa dormir E ela aumenta, a voz dela me alimenta o saber O tempo para, vozes chegam, me fazendo escrever Eu vou de encontro ao que me bate o coração com leveza A caneta se arrepia quando sinto tristeza Meu canto entoa, o que os anos me causaram Muitos irmãos se foram e saudade deixaram
Mas continua, e às vezes se disfarça Confunde os presentes, às vezes vem de graça Me arremessa para um outro lugar Até no fim que reticente se tornou linear O meu olhar, (cruel?) que estranha esse opaco São poucos os minutos que eu me sinto fraco A ligação torna os momentos imortais Me leva a tristeza quando penso nos tais
Compositores: Marcos Koga (Pg), Pitzan da Silva Oliveira (Pitzan), Caio Pimenta Neri (Caio) ECAD: Obra #12597870