Uiúre iquê uatapí apecatú piaçaciara Unheên uaá uicú arauaquí ára uiúre Ianêiara Depois, depois de muitos anos Voltei ao meu antigo lar Desilusões qui disinganos Não tive onde repousar Cortaram o tronco da palmeira Tribuna de um velho sabiá E o antigo tronco da oliveira Jogado num canto prá lá Qui ingratidão prá lá Adeus vô imbora pra Tromba Lá onde Maneca chorô De lá vô ino prú Ramalho Prú vale verde do yuyú Um dia bem criança eu era Ouvi de um velho cantador Sentado na Praça da Bandeira Que vela a tumba dos heróis Falou do tempo da conquista Da terra pelo invasor Qui em inumanas investidas Venceram os índios mongoiós Valentes mongoiós Falou de antigos cavaleiros Primeiros a fazer um lar No vale do Gibóia no Outeiro Filicia, Coati, Tamand[ua Pergunto então cadê teus filhos Os homens de opinião Não dói-te vê-los no exílio Errantes em alheio chão Nos termos da Virgem imaculada Não vejo mais crianças ao luar Por estas me bato em retirada Vou ino cantar em outro lugar Cantá prá não chorar Adeus vô imbora do ri Gavião No peito levarei teu nome Tua imagem nesta canção Por fim já farto de tuas manhas Teus filtros tua ingratidão De deixo entregue a mãos estranhas Meus filhos não vão te amar não E assim como a água deixa a fonte Também te deixo prá não mais Do exílio talvez inda te cante Das flores a noiva entre os lenções Dos brancos cafezais Adeus, adeus meu-pé-de-serra Querido berço onde nasci Se um dia te fizerem guerra Teu filho vem morrer por ti
Compositor: Elomar Figueira Mello (Elomar) ECAD: Obra #2483972 Fonograma #14762