Enfrentei fosso muralha e os ferros dos portais Só pela graça da gentil senhora Filtrando a vida pelos grãos de ampulhetas mortais D'além de trás os Montes venho Por campos de justas honrando este amor Me expondo à Sanha Sanguinária de côrtes cruéis Enfrentei vilões no Algouço e em Senhores de Biscaia Fidalgos corpos de armas brunhidas Não temo escorpiões cruéis carrascos vosso pai Enfreado à porta de castelo Tenho meu murzelo ligeiro e alazão Que em lidas sangrentas bateu mil mouros infiéis Ô Senhora dos Sarsais Minh'alma só teme ao Rei dos reis Deixa a alcova vem-me à janela Ó Senhora dos Sarsais Só por vosso amor e nada mais Desça da torre Naíla donzela Venho d'um reino distante, errante e menestrel Inda esta noite e eu tenho esta donzela Minha espada empenho a uma deã mais pura das vestais Aviai pois a viagem é longa E já vim preparado para vos levar Já tarda e quase que o minguante está a morrer nos céus Ó Senhora dos Sarsais Minh'alma só teme ao Rei dos Reis Deixa a alcova vem-me à janela Ó Senhora dos Sarsais Só por vosso amor e nada mais Desça da torre Joana tão bela Naíla donzela, Joana tão belas
Compositor: Elomar Figueira Mello (Elomar) ECAD: Obra #2483969 Fonograma #1870154