Não atravesse na faixa, não faça sua cama Não pare de fumar, não deixe de pisar na grama Não tenha paciência com quem fica te tirando Não acredite em ninguém, e sempre fale com estranhos Não deixe de viver por que tem pouca grana Não mande o porco se fuder se depois for chorar em cana Não deixe de conhecer a mulher de sua vida E mesmo sendo um cara tranquilo um dia arrume uma briga Faça um filho, escreva um livro, plante um pé de maconha Faça uma festa sem motivo e um som sobre o que tu sonha Faça protesto armado de cartazes e grito em defesa Da justiça a liberdade, da verdade a natureza E, tenha certeza que vai ser infeliz E conquistar a paz que sempre quis Tá com a faca e o queijo na mão, e é só querer Se tentar te empedir, é matar ou morrer
Não faça o que eu falo, não faça o que eu faço Não fale o que eu faço, não fale o que eu falo Não irmão, não irmão, não irmão, não irmão
Por que eu acordo todo dia muito louco, sem rumo Fico escroto, sem fumo Quando não tem treta comum Então, não me perco no escuro Não fico em cima do muro Não deixo ferir meu orgulho de leão Fazer o que se essa é minha vida irmão? Siga a night até umas hora e uma linda na mão Sem decepção, sem apego, sem fone, sem nada Só sentimento sem froteira e a mais sem falta na estrada Cerva por conta da casa, casa cheia, cheia de graça Fecho um fino que me afina, pois o fino é da massa Fecho a cara, fecho o cão, pra quem diz que eu faço marra E de tempo em tempos, tiro um tempo pra fazer nada Só pensando na levada, sobre os manos, sobre as minas Sobre as noites, sobre os dias Sobre o que me ilumina, sobre o tempo que passou Sobre eu ser quem eu sou Uma cria divina, da vida, da rima e do flow
Não faça o que eu falo, não faça o que eu faço Não fale o que eu faço, não fale o que eu falo Não irmão, não irmão, não irmão, não irmão