F.UR.T.O.
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Sombra Líquida

F.UR.T.O.

Sangue Audiência


O suor das costas que se apresenta
Como poesia trêmula de pai pra filho
E quando meu esforço quase não me convence
Privatizando a corrente sangüínea
E ela me persegue mais rápida que o nosso entendimento
Tão lenta quanto nosso perdão

Visto de cima, meu bairro é torto e glorioso
E se parece com o que nos transformamos em nossa fuga
Porque a sombra líquida, se te ganha, te escurece os olhos
Faz a honestidade vulnerável
E aí fica fácil nos tornar quem odiamos

Sob o céu vermelho das traçantes
O mesmo passado que nos caça nos salvou
E pouco antes do meu futuro
Enfatizar em convulsão
Eu entendi que caminhar para o fim do túnel
é ouvir um silêncio sem permissão
Essa é minha busca e minha intenção

Porque lá em casa
Mesmo quando não tinha trabalho
Só tinha trabalhador

Compositores: Marcelo Fontes do Nascimento Viana de Santana, Mauricio de Britto Freire Pacheco (Mauricio Pacheco), Bernard Ceppas de Carvalho e Faria
ECAD: Obra #1448133

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