UM ASSOBIO CHAMA A NOITE DEPOIS DA TROPA ENCERRADA, MORDENDO O JOGO DO FREIO DESCANSA A PATA A GATEADA COM OLHOS DE “PERRO” NOVO NUMA MANHÃ DE RODEIO, TROCA ORELHA VEZ POR OUTRA, SE UMA MILONGA PONTEIO.
DO MOERÃO DA PORTEIRA, UMA CORUJA DÁ AS HORAS BOMBEANDO A TROPA DE PERTO OLHAR DE ESTRELA DE ESPORA NA NOITE RECÉM DORMIDA QUEBRA O SILÊNCIO NUM ROGO LEVANTA O SONO DO CUSCO DORMINDO PERTO DO FOGO.
A NOITE RONDA ESSA TROPA DUZENTOS BOIS PRÁ ENTREGAR, ESTRADAS DE LÉGUAS LARGAS FALTA UM DIA PRÁ CHEGAR AMANHÃ, ANTES DO SOL A ESTRADA CHAMA PRIMEIRO DE LAVRAS PARTIU A TROPA... BAGÉ É DEPOIS DOS CERROS.
MAIS UM PONTEIO DE CORDAS NUM ACALANTO PRÁ BOIS QUE NÃO SABEM O SEU DESTINO DE SEREM CARNE, E DEPOIS? E A CORUJA DO MOERÃO VÕA NUM GRITO DE AGOURO ANUNCIANDO O ÚLTIMO POUSO NOS RUMOS DO MATADOURO.
E SERÁ PRÁ SEMPRE ASSIM... AS TROPAS SERÃO PRA ESTRADA, AS CORUJAS NOS MOERÕES ANUNCIARÃO MADRUGADAS. SÓ OS TROPEIROS DE AMANHÃ OUVIRÃO UM GUITARREIO E SEU ACALANTO PRÁ TROPA NO RÁDIO DE UM BOIADEIRO.
Compositores: Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Tuca Bacchieri ECAD: Obra #30964434