A manhĂŁ bate o cincerro, acordando a invernada, Quero-queros montam guarda, corujas buscam a toca. Os dois cavalos troteando... abanando os quatro galhos - Lembram o flete de um baralho se um esporeio provoca!
Novilhada azebuada encordoa pra porteira Nos comandos da açoiteira e dos assobios em clarim. O vento vai olfateando cheiro de gado e de terra Da guerra xucra dos cascos por sobre a tez do capim!
- Olha a ponta!... ecoa um grito... Não demora chega ao rio, Que nunca foi do feitio perder um boi na corrente. Retumbam os peitos na água, serpenteiam fios de lombo E um covarde leva um tombo negando o passo por frente!
E a palmeira da invernada só na lembrança acompanha... ...Talvez cederá seus braços pra alguma teia de aranha... Ou pela silhueta de cruz seja um altar de interior Pra um pagão orar suas penas ao cruzar no corredor!
Compositores: Fabiano Bacchieri, Marcio Nunes Correa ECAD: Obra #2958235