Fábio e Jair
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Tristeza do Jeca

Fábio e Jair


Nesses versos tão singelos
Minha bela meu amor
Pra você quero cantar
O meu sofrer a minha dor
Eu sou como o sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está

Nessa viola
Eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra num ranchinho a beira chão
Todo cheio de buracos onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia o barulhão

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o jeca quando canta
Da vontade de chorar
Não tem um que cante alegre
Tudo vive padecendo
Cantando pra se aliviar

Vou parar com minha viola
Já não posso mais cantar
Pois o jeca quando canta
Da vontade de chorar
E o choro que vai caindo
Devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar

Compositor: Angelino de Oliveira (Tasso de Oliveira)
ECAD: Obra #2361 Fonograma #614559

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