Mas com tanto dinheiro girando no mundo Quem tem pede muito Quem não tem, pede mais Cobiçam a terra e toda riqueza Do reino dos homens e dos animais Cobiçam até a planície dos sonhos Lugares eternos para descansar A terra do verde que foi prometida Até que se cansem de tanto esperar Eu não vim de longe para me enganar Eu não vim de longe para me enganar Eu não vim de longe para me enganar
No templo do homem A mulher, o filho, o gado novilho urra no cural Vaqueiros que tangem a humanidade Em cada cidade, em cada capital Em cada pessoa de procedimento Em cada lamento palavras de sal A nau que flutua no leito do rio Conduz a velhice, conduz a moral Assim como Deus, fará bem do mal Assim como Deus, fará bem do mal Assim como Deus, fará bem do mal
Já que tudo depende da boa vontade É da caridade que eu quero falar É daquela esmola, da cuida tremendo Ou mato ou me rendo, é lei natural Do muro de cal espirrado de sangue De lama, de mangue, de rouge, de batom O tom da conversa que ouço me criva De setas e faca, e favos de mel É a peleja do diabo com o dono do céu É a peleja do diabo com o dono do céu É a peleja do diabo com o dono do céu