Nossos ancestrais estão putos Meu povo continua de luto Fomos deixados sem escolha a não ser Se conformar com o que vemos na TV
Aqui tem um bando de louco Um bando de filho da luta, pra nóis é pouco Que ri quando deve chorar, pra não chorar a gente ri e ri só pra contrariar
E são bombas que caem do céu só pra te falar o governo quer que se foda e nós não para dormindo e separando droga na sala aqui é esse o clima que está no ar e se eu descia com corrente eles me olhava e se eu subia com dinheiro eles parava e sem saber comentava com a vizinhança esse neguinho sequestra só pra roubar
Rouba mas faz, estupra mas não mata E Nunca acaba essa mamata chuva de bala, nuvem de prata Pobre para-raio, papagaio de pirata
Roubamos a cena sem arma no palco ainda era noite e tava tarde É cocaína no paletó e na aeronave e a burguesia vem curtir vem pra usar então pergunta quem tá no toque do baile pra sua filha é a solução pro seus problemas Os seus brinquedos por aqui é de verdade eu quero ver tu sair se eu te amarrar mas se fosse assim seria fácil mas só lembro dos meus parças presos forjados com a mão pro alto Sempre é tiro nas costas ou levado indefeso ouviram do Ipiranga às imagens plácidas onde quem sobrevive vive com medo é tempo de tempestade chuvas ácidas e o teu paraíso virando um pesadelo
E se eu imaginar a sua imagem na Minha Tela de TV ou no meu celular Onde eu queria estar mas preferi testar a Sua Fé com uma chuva de cédulas
Cédulas, Cédulas, Cédulas Eu tô jogando aos porcos