Fernando e Osmair
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Garganta do Mundo

Fernando e Osmair


A garganta do mundo está ressecada
Que sede danada, que fome sem fim
É cobra engolindo a serpente esfomeada
É faca afiada nas mãos do Caim

É o ciclo do mundo olhando pro lodo
Em cima do globo equilibra e não cai
O resto parece criança acanhada
Que vive entrelada na sombra do pai

Poder e ganância assim se agiganta
E a enorme garganta só quer engolir
E o pobre caminha sem ter horizonte
Enquanto o gigante só pensa em subir

E lá na floresta o dinheiro inteirando
Vai tudo tombando sem vida no chão
Vai um machadeiro matando o gigante
Na guerra constante da devastação

Fumaça e queimada que tudo destrói
Abala e corroe a estufa espacial
E a garça e as aves cantando em coro
Pedindo socorro pro seu pantanal

Poder e ganância assim se agiganta
E a enorme garganta só quer engolir
E o pobre caminha sem ter horizonte
Enquanto o gigante só pensa em subir

Baleia azulada nos mares profundos
Percorre outros mundos por baixo do chão
E o homem a persegue fazendo caçada
Traz ela espetada na ponta do arpão

E o que me preocupa nessa humanidade
É a grande maldade sem ter coração
O homem avançando vai se destruindo
E tudo partindo pra grande extinção

Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba), Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro)
ECAD: Obra #866561

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