Garganta do Mundo
A garganta do mundo está ressecada
Que sede danada, que fome sem fim
É cobra engolindo a serpente esfomeada
É faca afiada nas mãos do Caim
É o ciclo do mundo olhando pro lodo
Em cima do globo equilibra e não cai
O resto parece criança acanhada
Que vive entrelada na sombra do pai
Poder e ganância assim se agiganta
E a enorme garganta só quer engolir
E o pobre caminha sem ter horizonte
Enquanto o gigante só pensa em subir
E lá na floresta o dinheiro inteirando
Vai tudo tombando sem vida no chão
Vai um machadeiro matando o gigante
Na guerra constante da devastação
Fumaça e queimada que tudo destrói
Abala e corroe a estufa espacial
E a garça e as aves cantando em coro
Pedindo socorro pro seu pantanal
Poder e ganância assim se agiganta
E a enorme garganta só quer engolir
E o pobre caminha sem ter horizonte
Enquanto o gigante só pensa em subir
Baleia azulada nos mares profundos
Percorre outros mundos por baixo do chão
E o homem a persegue fazendo caçada
Traz ela espetada na ponta do arpão
E o que me preocupa nessa humanidade
É a grande maldade sem ter coração
O homem avançando vai se destruindo
E tudo partindo pra grande extinção
Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba), Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro)
ECAD: Obra #866561Ouça estações relacionadas a Fernando e Osmair no Vagalume.FM