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Eremita Moderno

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Polisenso


Antropologicamente falando é interessante ingerir alimentos que contenham corante
Criar imagens de deuses com formas de elefante
Não cortar o cabelo quando a lua é minguante
Simpatizante do sistema que simula flagrante
Palavra escandinava que só tem consoante
Refletir sobre isso tudo do alto de um mirante
Já bem disse Raul, ' Metamorfose ambulante'

Suponhamos que eu jogue uma pedra num rio
E essa pedra assuste um peixe que aí saia saindo
Quanto à ordem natural é o que chamamos destino
Estaria participando ou estaria interferindo?

Trajava sunga, e nunca usara um terno
Pensava ser um eremita moderno.
Dizia: Ao reino da alegria eu me entrego,
Porque aqui jaz o cadáver do meu ego.

Desencontros e encontros no teatro do acaso
Há superfície no profundo, e um fundo no que é raso
A sincronicidade unifica o que é distante
Nascimentos e partidas num mesmo instante
Novos Baianos, Funk Melody, Eletroprog
Blocos de rua, folclore e rodas de hardcore
Biologia, História Antiga, Mecânica Quântica
Cerveja de boteco e a flora da Mata Atlântica

Somos um pouco de tudo, e muito de cada pouco
O espaço vazio de um polígono oco
Somos os pingos da chuva e a água dentro do coco
O suspiro de alívio, quando passado o sufoco.

Trajava sunga, e nunca usara um terno
Pensava ser um eremita moderno.
Dizia: Ao reino da alegria eu me entrego,
Porque aqui jaz o cadáver do meu ego.

Compositores: Danilo Ferreira Alves Cutrim, Vitor Isensee e Sa, Rodrigo Ferreira Costa, Nicolas Christ Fassano Cesar
ECAD: Obra #6236634 Fonograma #36375670

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