Abriga no peito As chagas de uma paixão E acolhe em teu leito Um espaço pra solidão.
Meu Deus quem me dera eu fosse um sábio que cala E diante da dor e da desilusão não se abala Mas pobre de mim que não sei nem de mim Nem sei dos mistérios do amor E em vez de te dar meu consolo Eu te dou esta flor.
Te falo da flor mais singela Que guardo no meu coração Aquela que nunca fenece, porque Resiste até à escuridão E se por acaso essa flor Se desmancha num choro canção Se o choro é um samba perdido de amor Molhado de riso e de dor.
Abriga no peito As chagas de uma paixão E acolhe em teu leito Um espaço prá solidão.
Se o dia se vai e a noite parece infinita Na estrada onde moras as flores ficarem sem vida Escuta o que eu tenho a dizer prá você Num choro rasgado de amor E em vez de eu te dar meu consolo Eu te peço um favor Te peço que guardes prá sempre Esse jeito tão doce no olhar Que sejas sempre assim menina, porém Senhora diante da dor Que a sombra de um beijo antigo Não venha apagar o luar Liberta de vez essa estrela que está Fadada a te iluminar.
E brilha em teu peito Te afasta do temporal Reluz em teu leito Te guarda de todo mal.
Compositores: Maria Olivia Leuenroth Hime (Olivia Hime), Francis Victor Walter Hime (Francis Hime) ECAD: Obra #583275 Fonograma #693264