Nas imagens do passado eu te vejo presente, Eternamente em mim, Leve som de águas tão calmas.
Minha vida eu recolho na concha da mão, Prá só então devolvê-la, Às imensas águas que brotam do teu chão. Foram dias, foram anos e eras de amor. Me desmanchei, me refiz, por amor. Errei caminhos, voltei, por amor. Fomos livres, deslizando juntos pela escuridão, Nos livrando das correntes, das águas de aluvião. E no leito desse rio, fui triste e fui feliz, Me perdi das margens, navegando em sonhos que eu fiz. E hoje as águas desaguadas num lago de paz, Trazem a luz do luar, E os mistérios da minha vida.
Minha vida eu derramo em gotas de luz, Dentro de um velho moinho, Que em seu silêncio conduz meu futuro. Outros dias, outros anos e eras virão, Não sei que abismos, qual escuridão, Das minhas águas, não sei do teu chão. Leves mágoas, vagas tréguas, Águas paradas num cais, Refluindo, o tempo, em ondas, Águas que não voltam mais. E as imagens do passado no espelho do mar, Guardam a luz do luar, E os mistérios da minha vida.
Compositores: Maria Olivia Leuenroth Hime (Olivia Hime), Francis Victor Walter Hime (Francis Hime) ECAD: Obra #584872 Fonograma #613375