Estou pedindo pra você voltar pra mim Está difícil viver longe de você Você é o meu começo e o meu fim Me desculpe, mas não sei te esquecer
Sem querer eu me exaltei e te ofendi Me perdoe, meu amor, o que eu lhe fiz Eu não posso acreditar que te perdi Sem você eu não consigo ser feliz
O nosso amor é aquela semente Que docemente Brotou no coração, criou raiz Você cortou a planta do meu peito Mas não tem jeito Deixou na minha alma a cicatriz
Aquelas emoções bonitas na minha cabeça Hoje me tiram os sentidos só penso em você Lembro aquele amor da noite que nos conhecemos Foi tão lindo amar até o amanhecer
Tua voz macia me dizia coisas Que eu guardo até hoje no fundo do meu coração Suas doces palavras, vindas com emoção Suas doces palavras, vindas com emoção
Faz de mim, amor Tudo que você quiser quero ser seu prazer Vou me deitar em seus braços, deixar me envolver Pela magia bonita que vem de você
Faz de mim, amor Tudo que você quiser quero ser seu prazer Vou me deitar em seus braços, deixar me envolver Pela magia bonita que vem de você
Melhor não dizer nada enquanto pensa No que vai fazer da vida Pode ser que você pegue um caminho sem saída E não tenha outro jeito a não ser voltar pra mim
E lá fora a chuva vai molhar seu rosto Desmanchar os seus cabelos Madrugada, vento frio, vai ser outro pesadelo Quando você se olhar e se encontrar sem mim
Se a gente fica longe um do outro vai pintar tanta saudade Feito quanto apaga a luz e o escuro da cidade Faz a gente tropeçar nas pedras que estão pelas ruas
Por isso para e pense, dá um tempo, se ajeite aqui comigo Não caminhe contra o vento para não correr perigo Se essa dor doer em mim a metade é sua
Eu e você por aí outra vez Eu e você nosso amor Não vou deixar você sair de mim Não vou deixar você sair assim da minha vida
Ele não tem culpa, ele não deve nada Ele é uma planta, tão frágil mal cuidada Sua cabeça está a prêmio Anjo do mal, anjo pequeno Bandido com razão
Ele não tem culpa, ele só quer a vida Ele é a vergonha da pátria esquecida Tem que roubar, tem que ser homem Sobreviver, matar a fome Salvar seu coração
Menino de rua, eu te conheço Dignidade não tem preço Menino de rua quer ser gente Menino pobre, tão carente Pede uma chance pra viver
Menino de rua, eu te conheço Dignidade não tem preço Menino manchete de jornal Neste país de carnaval Não tem comida pra você
Neste país de carnaval Não tem comida pra você
Você que fica aí parado vendo televisão De repente uma notícia forte te chama atenção Uma cena estúpida, brutal e cruel Mas ainda parece tão pouco Pra mudar seu coração
Eu sou o personagem central de toda essa história História que você ignora e faz que não vê E exclui do seu consciente a vontade de um povo Um povo que luta e que sofre pra sobreviver
Você tem em suas mãos a força e o poder Mas não tem a sabedoria pra entender Que o Brasil é a sua pátria acima de tudo E o povo precisa de luz pra sair desse escuro
Eu sou muito pequeno perante você Eu sou apenas pedaços de alguém tão comum Eu sou a ignorância da cabeça sua Simplesmente sou, mais um garoto de rua
Aqui não falta Sol Aqui não falta chuva A terra faz brotar qualquer semente
Se a mão de Deus Protege e molha o nosso chão Por que será que tá faltando pão?
Se a natureza nunca reclamou da gente Do corte do machado, a foice, o fogo ardente Se nessa terra tudo que se planta dá Que é que há, meu país? O que é que há?
Se nessa terra tudo que se planta dá Que é que há, meu país? O que é que há?
Tem alguém levando lucro Tem alguém colhendo o fruto Sem saber o que é plantar
Tá faltando consciência Tá sobrando paciência Tá faltando alguém gritar
Feito um trem desgovernado Quem trabalha tá ferrado Nas mãos de quem só engana
Feito mal que não tem cura Estão levando à loucura O país que a gente ama
Compositor: Mirosmar Jose de Camargo (Zeze Di Camargo) ECAD: Obra #64881 Fonograma #265258