Já não é conversa de um ou dois sem essa de vamos deixar pra depois É um desejo que está cravado em nossa crença Real feito enchente e morte, seca escândalo e doença É como se os trens lotados clamassem a cada manhã Igual o golpe de gol no peito do maracanã Se os gritos de incêndio louvam a água ao invés do fogo Desobedecer as regras às vezes melhora o jogo
Que nem a greve geral parando pra movimentar Ressaca pulverizando as pedras do quebra-mar Tal qual a explosão bonita dos dias de carnaval Fervor de sobrevivência das feras do pantanal Clarão de milho invadindo o escuro dos celeiros Milhões de grãos refugindo entre a linhas dos mineiros Como se os caminhoneiros transportassem nova carga Ou a memória e o futuro buzinando nas estradas O bêbado muito louco fica sóbrio de emoção A equilibrista solta a sombrinha e vem pro chão O povo abre a roda e dança aqui, ali e acolá Uma só voz a ciranda canta pra melhorar
Do Oiapoque ao Chuí ciranda Ciranda fogo sem fraquejar De Marajó aos confins dos Pampas Ciranda fogo pra melhorar
Compositores: Aldir Blanc Mendes (Aldir Blanc), Cleber Augusto da Cruz Bastos (Cleber Augusto) ECAD: Obra #60800 Fonograma #19191765