Ronca uma gaita num surungo abagualado, Floreando encanto de algum fandango fronteiro.... Que é desse jeito que a peonada já se assanha Pra arrastá a bota num bailongo bem campeiro!
Vem o chibeiro... O domador... Vem o balseiro... O carreteiro... A “percantada”... E o plantador... É o mundo “crudo” se irmanando neste tranco, Que eu não sou santo, e neste embalo eu também vô!!!
...E dê-lhe Xixo, na bailanta missioneira, Onde as “pinguancha”, retrechando no salão, Mexem os “mondongo”, rebolcando a noite inteira, Nesta vaneira, bem na moda do Pontão!!!
Que o chão batido, do galpão de dois cupiar – De costaneira, coberto de santa-fé – É o velho templo onde o Rio Grande se ajoelha Nesta vaneira de fazê perdê os “chulé”!
E a Siá Chinóca, estralando os “mocotó”, Levanta o pó num tranco “véio” que repuxa... Neste compasso dança inté quem tá de luto... Que é Xixo Bruto... Não tem coisa mais gaúcha!!!
...E dê-lhe Xixo, nesta farroma gaúcha, Onde a indiada, tapada de polvadeira, Mexem os “pelego”, pateando saibro socado, Nesta veneira, bem na moda missioneira!
Compositores: Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Robledo Martins da Silva (Robledo Martins), Diego Augusto Muller (Diego Muller) ECAD: Obra #3601592 Fonograma #2123764