Os campeiros vêm pedindo pra cantar... Alçando os seus gateados na meia água dos ranchos... ...destes da beira estrada que por venderem alentos Semeiam sempre sorrisos mesclados com canha buena E tornam a vida plena de quem traz dores nos tentos.
Os campeiros vêm pedindo pra cantar... Abrindo o peito pachola no improviso de um verso... ...destes que falam de si, destes que falam de sul: Lembrando de algum veiaco que ao tempo se fez cavalo Ou do clarim de um galo quando o sol arde em azul
Contraponteando outras vozes, cantos alheios aos seus. Rogando que não se ouça contra um oitão de galpão Rádios de pilhas roncando mensagens de forasteiros Mas sim o canto campeiro que é o espelho deste chão!
Os campeiros vêm pedindo pra cantar... Lembrando que este campo, tanto na verga ou no pasto Ainda que se apequene floresce a cada puaço Mulheres ninam um povo, demudam amor em pão Em cada calo da mão, em cada veia do braço!
Os campeiros vêm pedindo pra cantar... Num canto triste ou alegre firmando a bota no estribo. Uma nação com História, feita na paz ou na guerra. Mescla de gente de fibra pede silêncio à canção Pra ouvir de coração almas que falam da terra!
Compositores: Rui Carlos Silva Avila (Rui Carlos Avila), Marcio Nunes Correa ECAD: Obra #4846908 Fonograma #2124478