Óculos na cidade de são paulo É quem nem ouro em serra pelada Em cada esquina é uma banca e um caboclo Dizendo: compre seu moço, que é enfeitar a cara.
E foi por isso que eu comprei pra josefina E mandei lá pra petrolina um óculos bem colorido Ela mandou um telegrama perguntando Pra que serve essas ruelas e esses dois cacos de vidro.
E eu falei: é só abrir as pernas dos óculos, que parece até binóculo Não vai levar topada, que é pra não quebrar os óculos É só abrir as pernas dos óculos, que parece até binóculo Mas não vai levar topada, para não quebrar os óculos.
Hoje eu recebi uma má notícia Tenho certeza que o romance acabou Pois me contaram que ela bebe até cachaça O pai expulsou de casa, a mãe amaldiçoou.
Perdi zefina, me enchi de inimigo O primo dela e o irmão dela diz que vão brigar comigo E estão botando a culpa em cima de mim Por causa das pernas dos óculos, que eu expliquei como abria.
Ela errou: é só abrir as pernas dos óculos, que parece até binóculo Não vai levar topada menina, que é pra não quebrar os óculos É só abrir as pernas dos óculos, que parece até binóculo Mas não vai levar topada, para não quebrar os óculos.
Compositores: Maria das Gracas Gois Lacerda (Graca Gois), Niceas Alves Martins (Niceas Drumond) ECAD: Obra #91012 Fonograma #4737