Sempre que escuto uma vanera de rancho Penduro o chapéu num gancho e me vou para o salão Pego uma gringa, dessas que vem lá da serra Pois aqui na minha terra fica feio dar carão E já me atiro, que nem bugio no arvoredo A gaita conta o segredo, nunca contado a ninguém Baile de rancho todos vêm para dançar Se o bonito arruma par o, feio arruma também
REFRÃO Segura o tranco, nesta vanera de rancho Qu'eu vou pousar de carancho, no coração da chinoca Eu e a pinguancha, neste troteado de ganso Aprendi este balanço nos bailes da Bossoroca
Chega a peonada desfilando a brilhantina Em cada olhar de china tem um brilho que provoca Os bons ginetes já se atiram muito afoitos Pegam essas de dezoito e tá feita a massaroca Cabelos curtos, no estilo flor de porongo Outras de cabelos longos, bem mais que minha esperança Quem vê de fora diz que o baldrame tem mola Todo mundo se rebola e até o rancho se balança!
Nesta vanera, que a cordeona quase fala Até a lua vem p'ra sala, pelas frestas da janela Nos galanteios os corações viram brasa A peonada pede vasa, p'ra poder molhar a goela Ninguém refuga antes que o dia amanhece O vento gemendo em prece e a moça pedindo amor É nesses ranchos que ninguém liga p'ra fama Onde a alma se derrama e a vida tem mais sabor
Compositores: Salvador Ferrando Lamberty (Salvador Lamberty), Joao Luiz Alves de Jesus (Joao Luiz Correa) ECAD: Obra #1460470 Fonograma #10952081