Estendi de novo o meu olhar, de boas vindas Até onde esta solidão dava horizonte Larguei pro campo meu gateado lombo suado Ando cismado de alma distante desde "ontonte"
A voz do fogo falou de novo no meu galpão Me mandô a cambona pra um mate novo recém cevado Recuerdos meus destes antigos feito tapera Estavam na espera cuidando um sonho ensimesmado
Vai pelo tempo, Que alma sente sem dizer nada, Onde rumo a estrada Nem sempre são os mesmos caminhos Tem tantas coisas que além dos olhos nos deixa tristes E o sonho insiste em achar seu rumo mesmo sozinho
Quem sabe a alma desta fronteira, vá mais além Porteira aberta pra os rumos tantos que a vida mostra A vida é assim nos põe na cruz de uma encruzilhada Pra esconder a estrada e buscar aquilo que a gente gosta
Um dia a sorte reponta todos os cavalos mansos E um olhar de campoescolhe um bueno pra se encilhar Porque a gente passa a vida inteira pra ir embora Depois não vê a hora e o quanto é tarde pra se voltar
E o mesmo olhar ... De boas vindas, vai cuidar ao longe Nos esperando ... Pra um mate novo em outra volteada Depois que o sonho achar seu rumo por sua conta E voltar na ponta de um pingo bueno pra pegar a estrada
Compositores: Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Angelo Franco Moreira Sarmento (Angelo Franco) ECAD: Obra #2341370 Fonograma #1302187