Quando as cortinas da noite cerram as portas do horizonte A lua, de trás dos montes vem surgindo, ao despacito Ali, noitando o ranchito, dedilhando o velho pinho Vou disfarçando, aos pouquinhos, a dor de viver solito
Solito é que a gente sente como é enganosa esta vida Quantas lágrimas sentidas choramos, ao compreender Que o lema "amar e viver" é falso e não tem valor Pois desde o primeiro amor já se começa a morrer
Por isso, eu vivo cantando enquanto a morte não vem Já que não tenho ninguém para chorar a minha ausência Vou pra divina querência açoitado pelos anos Repontando os desenganos pela estrada da existência
Só restam reminiscências, lembranças de outros dias E a marca das judiarias que a minha prenda me fez Mas se Deus, que é tão cortês, me reencarnar novamente Eu voltarei, bem contente, para lhe amar outra vez
Compositores: Flavio Mattes Becker (Flavio Mattes), Osvaldo Porto Flores (Osvaldo Flores) ECAD: Obra #1257782 Fonograma #1378190