Eu fiz um ranchinho de barro e madeira E um pé de roseira pra ela eu plantei E muito depressa a roseira cresceu O amor floresceu e com ela eu casei Mas eu não sabia que a sua vontade Era ter liberdade, viver como as flores Num falso reinado de nobre princesa Vendendo beleza e trocando de amores
Roseira branca na beira da estrada Não é mais morada, o ranchinho ruiu Tu não da mais flor, o jardim não existe Ficou tudo triste quando ela partiu Tu vive sozinha como um vagalume Não tens mais perfume, sofre que nem eu Tu és o retrato da triste lembrança E a minha esperança também ja morreu
Lembro-me ainda que na primavera A mais linda tu eras de todo o jardim E a tua história é igual como a dela Por ser a mais bela esqueceu-se de mim E foi pra cidade viver de ilusão Foi dançar num salão pra matar seus desejos Não lembra da rosa, não tenha ciúme Ela compra o perfume vendendo seus beijos
E hoje quem passa na beira da estrada E vê desfolhada na terra caída Mas ela também hoje vive bebendo Chorando e sofrendo no inferno da vida É eu, tu e elaa sofrer separados Lembrando o passado igual de nós três Distante um do outro e unidos na dor Porque o amor não floresce outra vez
Compositores: Aldomiro Vidal da Silva (Aldomiro Vidal), Jorge Bordini Camargo (Jorge Camargo) ECAD: Obra #24694 Fonograma #1329898