Um tarumã bem copado abriga ao tempo os cavalos Maneia, cabresto preso, descansa a pata do oveiro Estância grande pras léguas tantas de sesmaria Nem bem clareava o dia, mateava nós e o posteiro
Agosto largo, dando serviço pra os ponchos negros Garoa e vento tenteando chapéus de copas batidas Silhuetas de ontem, encilhas na esperam, cuscada na volta Tauras na escolta, tino de perro tranqueando a lida
Fazia tempo que uma divisa já tinha ido Arame preto com a enchente forte partiu ao meio Trinta novilhas, pampa de sangue e marca de copa Ponta de tropa, sobraram tarca ontem no rodeio
Depois dos mates, prosa boa e permisso do posteiro Nós e mais quatro ovelheiros e o peso do compromisso Em reculuta num grito largo levando a vista em reponte Era o horizonte, homem e cavalo pra esse serviço
Chave de arame, mango e acouo, armas pra guerra Firma as esporas, trompa cavalo, num bueno aparte Quem tem a vida nas quatro patas de um bom ruano É soberano e faz da lida sua própria arte
Em campo ajeno a cuscada alerta, atende o chamado Na várzea larga um pataleio alcança a novilha Trinta nas contas, bandeiam o mato pra invernada E a novilhada segue no mando de quem encilha
Compositores: Jari Lourenzo Terres Junior (Jari Terres Jr.), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #1717444