Lua crescente de outubro Um mate depois do outro Silêncio por quase nada Quando a saudade me vem Recosto cuia e cambona E a alma lembra da dona Que o coração sabe bem
Faz tempo que aquerencio Minha alma sobre estes bastos E cada flor colorada Me lembra um pouco da linda Que me espera com sorrisos Pois sabe de que preciso Num mate com boas vindas
Sou desses que o campo largo Escolheu por ser assim Ter querência num cavalo E pátria feito um regalo Nestes fundões de onde vim Onde a distância e a lida Não separam ela de mim
Minhas mãos campeiam notas Nas rédeas do meu gateado Buscando o último achego Antes do adeus na cancela E imagino um domingo Desencilhando o meu pingo No portal do rancho dela
Lua crescente de outubro Aos olhos de quem cuidar Cada um sabe seu jeito De gostar de que se tem Viro o mate, aquento a água E a lembrança esconde a mágoa Que o coração sabe bem
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #199870 Fonograma #859767