A calma do tarumã ganhou sombra mais copada pela várzea espichada com o sol da tarde caindo um panuelo maragato se abriu no horizonte trazendo um novo reponte, pra um fim de tarde bem lindo.
Daí um verso de campo se chegou da campereada ao lombo de uma gateada frente aberta de respeito desencilhou na ramada, já cansado das lonjuras mas estampando a figura, campeira, bem do seu jeito.
Cevou um mate pura-folha, jujado de maçanilha e um ventido da coxilha trouxe coplas entre as asas pra querência galponeira, onde o verso é mais caseiro templado à luz de candeeiro e um "quarto gordo nas brasa"
A mansidão da campanha traz saudade feito açoite com os olhos negros de noite, que ela mesmo aquerenciou... e o verso que tinha sonhos pra rondar na madrugada deixou a cancela encostada e a tropa desgarrou
E o verso sonhou ser várzea com sombra de tarumã ser um galo pras manhãs, ou um gateado pra encilha. Sonhou com os olhos da prenda vestidos de primavera adormecidos na espera do sol pontear na coxilha.
Ficaram arreio suado e um silêncio de esporas um cerne com cor de aurora queimando em fogo de chão uma cuia e uma bomba recostada na cambona e uma saudade redomona, pelos cantos do galpão
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #30936026 Fonograma #11756497