Haikaiss

O Dia

Haikaiss

Cortesia da Casa


Vai ter um dia que, luzes se apagarão,
Celulares cairão no chão, computadores serão empilhados
Corre-corre em casas, jovens de porre em cada
Boteco que arrisca abrir as portas pros desesperados
Será que eu tava preparado?
Planos de ir pra extrema!
Fugindo dos problemas,
Com o trânsito parado
E o sol que bate na sucata? (vê!) pupila dilata
Eu agindo uniforme, conforme o tapa. pra você como piratas
Via wi-fi, o mundo acaba lá fora
E ela dança haikaiss
A fantasia perdeu a graça cedo
Descobriu o que é medo
Canais de descoberta e história contaram o segredo
Subliminar, tendo como esquecido,
Prazo de validade vencido,
Tem sido tão importante ensinar coreografia entre os versos
Palavras suam, têm vida e convívio no universo
Gravadas, imprimem imagens em flashs do passado
Antes partir após o desabafo, que morrer calado
Não vim pra ser do seu agrado, não fique no aguardo
Compare-se ao universo e fique calado
Após a vida se está acordado?
Descansar em paz, folhas atuais retratam que viver parado
É o inferno, não ver vaidade em por um terno, tá mal explicado

Algum dia você já teve aquela premonição?
Escurecendo a visão, parece que eu nunca melhoro,
Eu ja não mais choro, a dor nos meus olhos me impedem de ver as pessoas que adoro.
Não lembro onde eu moro, comida no colo, cadeira com soro,
As trocas dos polos fizeram mais funebres os coros.
A raiva de um touro, mantido isolado pra ser jogado no matadouro,
Virando couro, na qual to sentado e isso ja faz alguns anos que
Minhas pernas não movo, não movo o conjunto
De novo não tenho apetite, eu tenho limites e esses limites me impedem de mover o mundo.

Vai ter o dia, esse dia vai chegar
Não pretendia, tão cedo explicar
Ninguém sabia, como interpretar, pense
Qual ministério, desvenda o mistério de cayce
(2x)

Se envergar e ignorar qualquer conspiração
Nesse mundo é piração, pra alguns perda de tempo
(vai que vai...), país do carnaval em prol do turismo
"zeitgeinst, aqui não é normal." completa o cinismo
Não combina, tão pouco fascina, menino ou menina
Acredita que alguém de fora viria, ajudaria, ensinaria
A ter uma vida sadia (te salvaria? ou me salvaria? ou um cometa viria?)
Vendo de fora, vê a proporção, salva o planeta
Mas é só o planeta entendeu?
Você faz mal pro planeta!
(já foi, já foi!), desconsiderar geração beta
Dinheiro era estaleca, não brinque de ser deus
(mas já foi), no vazio ou no vácuo, com moléculas
Séculos atrás, um jovem rapaz esclareceu

"a pátria amada canta o hino, observe-os sorrindo
E alguns não querem acreditar
Repare a chuva que ontem e hoje vem como um aviso
E ela não cansa de avisar"
(2x)

Sonhei com o dia, tensão, agonia
Via no sonho cortarem a luz pra eu não enxergar minha própria cor
Hipocrisia e ironia antecede o rumo
Pesquisa, que não se encontra no computador
Risos, servem como incentivo, energia do piso
Se escoda, finja não ver o que o tempo te mostra, tenho visto
Pensou que é besteira, só bebedeira, mente cabreira, cair da cadeira, estamos à beira, um mundo de medo é um mundo de riscos
Vai ter um dia em que o sol vai nascer sangrando
Pessoas andando, gatilhos travados não mais apontados
Hospícios lotados de homens e seus critérios, que agora valorizados
As paredes que me disseram
Escuto um "bom dia" de um dia ruim, do que adianta sua simpatia?
Meu canto te encanta? não faço questão que tu me entenda
Também não me julgo dono da verdade, é tão difícil quanto acreditar que santo faz milagre
Sua cabeça de bagre ou sua vivência de anta
Repare um pouco, se sua mente atrai, sua mente espanta
Que assunto que rola na mesa da janta, mano levanta
Ponteiro que roda, só aumenta a fumaça, fumaça respiro e me arruina a garganta
Dou um trago, dispenso e me cubro com a manta, enquanto lá fora é
Família que chora com o mar que devora e com o tempo que aumenta o barulho, ambulância
Meu papo não é moda, me chame de louco, me chame de escroto
Ainda torço pra que você se foda
Maldades que delas corri, fui afundo, não é bem assim
O mundo não gira em torno de mim, pois sou eu que giro em torno do mundo.

Compositores: Victor Correia Alves de Oliveira, Pedro Henrique Venturelli Antunes da Silva (Pedro Qualy), Rafael Fernandes Spinardi (Spinardi)
ECAD: Obra #19088184 Fonograma #11575587

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