Ninguém fica burro demais só porque viu TV As flores do mal são cogumelos de néon glacê A juventude tem um tempo certo pra se corromper O anarquismo é o anjo da guarda de todo prazer
E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox O futuro é preto e branco, e todo branco e preto pode ter E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox Vem do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC
A camisinha anti-AIDS fez a deusa Vênus virar punk O cantor de yê-yê-yê comportado é um cafajeste junk Chegou a hora do alimento ser todo natural Os vermes da terra apreciam um corpo legal
No país da Xuxa os vampiros usam fio dental A ditadura justifica o bem, praticando o mal Um dia as palavras não vão mais deslizar pela boca A utopia vai ser a loucura de um guru-porra-lôca
Desejo quando não se arrisca é provocação Liberdade faz gato e sapato da proibição A beleza dá a volta ao mundo e a chuva cai Meu amor cabe em três versos de um hai-kai
Compositores: Arnaldo Pires Brandao (Arnaldo Brandao), Luiz Octavio Paes de Oliveira (Tavinho Paes) ECAD: Obra #957920 Fonograma #18937