Foi convocado pra lutar Já fez as malas pra partir Levou um violão,armas e munição no coração vontade de vencer E ela que sempre se guardou, pedindo á Deus um grande amor Ouviu alguém falar que era pra adotar um soldado daquela guerra. E no campo de batalha só se ouve ratatatatá, Quanto mais o tempo passa mais se ouve ratatatatá, Corpos ao chão e o coração do soldado em pedaços sozinho. Ajoelhado orou aos céus, pedindo a Deus por proteção Naquele mesmo instante alguém de tão distante lhe escreveu dizendo assim. Pode até ser tempo de chorar mais amanhã o sol vai brilhar Deus é contigo. O tempo passou a carta chegou desanimado ele abriu, leu entendeu que do fraco Deus faz forte. Com o coração fortalecido o soldado num ato heróico se deu e fez de escudo a própria vida pra salvar alguém , fazer o bem. Ela nem sabe o que ocorreu. Nem quantas cartas escreveu. Foi quando alguém falou, o soldado voltou ,agora um heróI de guerra. O tempo de dor ele jurou viver pra conhecer a dona do papel que transformou em céu o inferno que era ali. E no peito do soldado só se ouve ratatatatá. Ela corre pro hospital e dentro dela ratatatatá. Olhos nos olhos lágrimas e dois sorrisos um abraço apertado. Quase sem voz ele contou, que aquela carta lhe salvou. Cumpriu sua missão com força e paixão e sua medalha era dela. Ela também lhe confessou sonhou com aquela cena do hospital e esse era o sinal que era tempo de amar. Corações apaixonados só se ouve ratatatatá mais o peito do soldado não agüenta tanto ratatatatá. Ratatatatá (9X).
Compositor: Edimar Cesar de Araujo Filho (Edimar Filho) ECAD: Obra #6239130 Fonograma #11840952