Desde aquele fatídico dia

Meu mundo tem desbotado para o cinza

Apesar do céu sem nuvens

Manchando a Terra com sua tinta

Com medo de dar o salto

Ou dormir para sempre

Com covardia como minha guarda

Continuarei suportando essas cicatrizes

Uma espiral sem fim

À solidão estou condenado

Mal consigo me lembrar

De como eu era cheio de alegria

Minha vida agora segue essa tendência

De todos os dias que passo

Encarando uma tela

E simplesmente ousando sonhar

Oh

Como eu era malditamente tolo

Por que eu achava que o perdão me seria concedido?

Selado em um abraço de desprezo gélido

Está claro para todos verem

Aqui é onde eu sempre pertenci

O futuro que eu persegui

Do qual eu sonhei

Começa sua lenta entropia

Um destino tão cruelmente prolongado

Outro amanhecer para saudar

Outro sabor a ser derrotado

O ciclo é perturbado mais uma vez

E o tempo parece ainda mais confuso

Estar vivo sem um objetivo

Está drenando lentamente minha alma

Se toda a minha vida foi em vão

Acho que posso enlouquecer

Diga, o que mais resta

Além de permanecer como escravo da monotonia?

Diga, qual é a minha causa?

Por quanto tempo esse pesadelo continuará?

Selado em um abraço de desprezo gélido

Está claro para todos verem

Aqui é onde eu sempre pertenci

O futuro que eu persegui

Do qual eu sonhei

Começa sua lenta entropia

Um destino tão cruelmente prolongado

Apenas me deixe sentir em paz

Eu me pergunto se eu desse aquele último passo

O céu me deixaria dormir

Acorrentado dentro do que eu achava que seria meu santuário

As correntes enferrujam, mas nunca se quebram

Forçado a me ver dilacerado

Por qual caminho seguirei

Talvez eu renasça

E retorne como alguém novo

E se isso acontecer

Eu posso compensar tudo o que me falta

Então, da próxima vez que o céu sorrir para mim

Eu posso sorrir de volta